Suiça

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A Suiça está situada na Europa Central. Tem uma superfície de 39.770 km2 e uma população de 7.318.000 habitantes. Tem fronteiras com a França, Alemanha, Itália, Áustria e Liechtenstein. A capital da Suiça é Berna e as línguas oficiais são alemão, francês, italiano e romanche.

A geografia da Suiça é dominada pelas montanhas. De facto, 60% do território inclui as cadeias montanhosas dos Alpes a sul e do Jura a norte. Entre as duas fica um planalto com bastantes elevações.

A Suiça é uma importante potência industrial. As indústrias têxteis e alimentícias, a relojoaria e o artesanato de madeira são tradicionais no país. Mas, graças à energia hidroelétrica, favorecida pelo relevo, ao capital e a uma mão-de-obra hábil, os ramos mais modernos da indústria puderam desenvolver-se (metalurgia de transformação e química).

Os 26 cantões que integram a Confederação Helvética são: Aargau, Appenzell Ausser-Rhoden, Appenzell Inner-Rhoden, Basel-Landschaft, Basel-Stadt, Bern, Fribourg, Geneve, Glarus, Graubunden, Jura, Luzern, Neuchatel, Nidwalden, Obwalden, Sankt Gallen, Schaffhausen, Schwyz, Solothurn, Thurgau, Ticino, Uri, Valais, Vaud, Zug e Zurique.

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História

Primitivamente habitada pelos helvécios, de raça céltica, a Suiça passou sucessivamente pelo domínio dos romanos, que se assenhoraram das rotas transalpinas, e dos burgúndios. Constituiu-se uma Suiça alemã que foi englobada em 843 pelo Reino da Germânia. A Suiça latinizada fazia parte na mesma época do Reino de Borgonha. Em 962, a Suiça alemã e mais tarde o Reino de Borgonha (1032) foram incorporados no Sacro Império Romano Germânico. O feudalismo favoreceu a criação de feudos eclesiásticos como Sankt Gallen, enquanto Zurique e Lucerna se enriqueciam com o comércio alpino. Progressivamente nos séculos XI e XII, a Suíça alemã passou a ser dominada pelos Zähringen cuja herança no século XIII, passou aos Habsburgos que, por meio de seus prepostos e bailios, controlaram grande parte da Suiça por longo tempo.

A eleição de Rodolfo de Habsburgo ao trono do Império, em 1273, ameaçava as tradicionais liberdades suiças de tal modo que em 1291 se assinou um Pacto Perpétuo entre os cantões de Uri, de Unterwald e de Schwyz, pacto este que marcou o nascimento da Confederação Suíça. Em 1309, o imperador Henrique VII outorgou uma carta de confirmação dos direitos dos cantões que contudo, continuaram a desenvolver uma violenta política contrária aos Habsburgos. A vitória de Morgarten (1315) foi seguida pela renovação do Pacto Perpétuo. Os cantões de Lucerna (1332), de Zurique, de Glarus, de Zug e de Berna (1351-1353) aderiram sucessivamente à Confederação que, apesar da oposição entre os cantões citadinos (oligarquia) e os cantões montanheses (democracia), fortificou-se com a conquista da comuna da Turgóvia (1460). No século XV, a Confederação viu-se na contingência de defender-se contra Carlos, o Temerário, e contra o imperador Maximiliano, o qual, pelo Tratado de Basiléia (1499), foi forçado finalmente a reconhecer a independência dos cantões, que passaram a treze com a adesão de Basiléia, de Schaffhausen (1501) e de Appenzel (1513).

No século XVI, os suíços, derrotados em Marignan (1515), concluíram com a França a Paz Perpétua de Friburgo (1516). Certos cantões adoptaram a Reforma, pregada por Zwinglio, formando uma “comburguesia” cristã reformada. Por outro lado, Genebra, graças à presença de Calvino, tornou-se a Roma do protestantismo. A Suiça foi reconhecida como Estado soberano pelo Tratado de Vestfália em 1648. A Revolução Francesa teve eco favorável nos meios democratas suiços, embora a França tivesse anexado diversos territórios suiços (bispado de Basileia, Valtelina, Genebra). Em 1798, Brune, instigado pelo Diretório francês, proclamou a República Helvética. A Suiça tornou-se palco da guerra entre os franceses e os austro-russos, que foram derrotados em Zurique, em 1799. Em 1803, Napoleão fez da República Helvética, unitária, pouco conforme ao contexto suiço, uma República Federativa (Acto de Mediação) controlada pela França. Em 1813, o Acto de Mediação foi suprimido.

Em 1815, a Suiça contava 22 cantões, cujo desenvolvimento era mais ou menos paralisado por governos conservadores. Uma liga de cantões católicos (Sonderbund), contrária à maioria protestante da Confederação, representou, por algum tempo, uma ameaça à coligação (1845): campanha do general Dufour (1847). Em 1848, e, posteriormente, em 1874, a Constituição foi modificada num espírito de maior democratização (referendo).

Durante as duas guerras mundiais, a Suiça, neutra, desenvolveu esforços no sentido de aliviar os sofrimentos dos beligerantes: ela é a sede da Cruz Vermelha Internacional e o foi da Sociedade das Nações. A prosperidade económica do país, favorecida por sua tradicional neutralidade e pela abertura dos túneis de São Gotardo (1882) e de Simplon (1905), não cessou de se afirmar neste século. O poder executivo é exercido na Suíça por um Conselho Federal, cujo presidente é ao mesmo tempo presidente da Confederação. O poder legislativo é representado por uma Assembleia Federal, composta de um Conselho Nacional e de um Conselho dos Estados. Cada cantão tem, além disso, seu governo particular para os assuntos que não são de interesse federal. Em 1986, os suiços vetaram a entrada do país na ONU. Em 1991, a Suiça celebrou 700 anos da sua fundação. Em 1992, foi aprovada a entrada da Suíça no FMI e no Banco Mundial. Em 1994, a Suiça recusou-se a aderir à União Europeia.

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