Reino Unido
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O Reino Unido é um país europeu localizado ao largo da costa ocidental deste continente. O Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte é formado geograficamente pela Grã-Bretanha e ilhas adjacentes e pelo nordeste da Ilha da Irlanda, sendo limitado a norte e a oeste pelo Oceano Atlântico, a leste pelo Mar do Norte, a sul pelo Canal da Mancha, que o separa do resto da Europa, e a oeste pela República da Irlanda (única fronteira terrestre) e pelo Mar da Irlanda. O país tem uma superfície de 241.600 km2, uma população de 59.247.000 habitantes e é formado por 4 nações: Inglaterra, Escócia e País de Gales (Ilha da Grã-Bretanha) e Irlanda do Norte (Ilha da Irlanda). Inclui também territórios que não pertencem a nenhuma destas nações, como a Ilha de Man e as Ilhas do Canal (ou Ilhas Anglo-Normandas), e várias possessões espalhadas pelo mundo: Europa – Gibraltar, Guernsey, Jersey, Isle of Man; África – Santa Helena; América – Anguilla, Bermuda, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Cayman, Montserrat, Turks e Caicos, Ilhas Malvinas, Ilhas South Georgia e South Sandwich; Ásia – Território Britânico do Oceano Índico; Oceânia – Ilhas Pitcairn.
A maior parte da Inglaterra consiste de terreno ligeiramente ondulado, mas é mais montanhosa no norte. A linha divisória entre os tipos de terreno é geralmente identificada com a linha Tees-Exe. Os rios principais são o Tamisa e o Severn. As cidades principais são Londres, Birmingham, Manchester, Sheffield, Liverpool, Leeds, Bristol e Newcastle upon Tyne. Próximo de Dover, o Túnel do Canal liga o Reino Unido a França.
O País de Gales é em geral montanhoso, com o pico mais elevado, o Snowdon, a chegar aos 1085 m de altitude. Ao norte do território principal, situa-se a ilha de Anglesey. A capital e maior cidade é Cardiff, situada a sul do país.
A geografia da Escócia é variada, com terras baixas no sul e no leste e terras altas (as highlands) no norte e no oeste, incluindo o Ben Nevis, que é a montanha mais alta do Reino Unido (1343 m). Existem muitos braços de mar longos e profundos, os firths e os lochs. A Escócia também inclui uma grande quantidade de ilhas ao largo das suas costas norte e oeste, em especial as Hébridas, as Órcades e as Shetland. As cidades principais são Edimburgo, Glasgow e Aberdeen.
A Irlanda do Norte, que constitui a parte nordeste da Irlanda, é em geral composta por colinas. As cidades principais são Belfast e Derry.
História
Apesar de haver poucos registos dos primeiros habitantes da ilha, sabe-se que antes do período calciolítico, havia culturas avançadas em Wiltshire, a quem são atribuídas as construções de lindos monumentos megalíticos, como Stonehenge. Quando César conquistou a Grã-Bretanha, a ilha foi ocupada pelos Celtas e muitas outras tribos nativas bárbaras, que ofereceram forte resistência aos exércitos romanos. No século V, os romanos deixaram a Grã-Bretanha, que foi invadida pelos anglos e pelos saxões vindos da Alemanha. No reinado de Egbert, o Grande, foi invadida pelos dinamarqueses, que conseguiram submeter o país e impor seus reis de 1017 a 1042.
Foi nessa época que Edward, o Confessor, conseguiu restabelecer a monarquia anglo-saxónica, e quando ele morreu em 1066, houve uma disputa pela coroa, entre seu cunhado e sucessor Harold II, duque da Normandia e Guilherme, o Conquistador, que invadiu a Inglaterra, derrotou o seu rival em Hastings e autoproclamou-se rei, fundando a dinastia normanda que originou a Guerra dos Cem Anos com a França. Em 1154 começou a reinar a dinastia Angevin, com Henrique II Plantagenet (1154–1189). Foi seguido por Ricardo, Coração de Leão (1189-1199), um dos líderes da 3ª Cruzada, que morreu numa batalha contra Felipe, da França. John Lackland (1199-1216), irmão e sucessor de Ricardo, causou uma rebelião entre o clero e os barões e teve que assinar a Magna Carta.
Eduardo III, filho de Edward II e Isabelle de França, reclamou o trono francês e achou que tinha meios de lutar contra a França. Os franceses não o tolerariam e assim se iniciou em 1337 a Guerra dos Cem Anos entre a Inglaterra e a França que durou até 1453 com inúmeros conflitos interrompidos com períodos de pausa. A Guerra das Rosas entre a Casa de York e a de Lancaster estendeu-se durante os reinados de Eduardo IV (1422-1461) e Ricardo III (1483-1485) que morreu na batalha de Bosworth, dando início à Dinastia Tudor.
Posteriormente Henrique VII foi proclamado rei (1485-1509) e iniciou a dinastia Tudor. Ele favoreceu a Reforma e fundou o poder marítimo da Inglaterra. Henrique VIII (1509-1547) formou a Igreja Anglicana em divergência com o Papa. Durante o reinado do jovem Eduardo VI (1547-1553), filho de Henrique VIII e Jane Seymour, Somerset estabeleceu o protestantismo. Apesar de Lady Jane Grey (1553) ser rejeitada pelos católicos, reinou por alguns dias apenas. Mary I (1553-1558), filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão conhecida como “Bloody Mary” perseguiu os protestantes, mas a religião reformada prevaleceu novamente com Elizabeth I (1558-1603), filha de Henrique VIII e Ana Bolena, que estabeleceu o anglicanismo definitivamente. Foi no reinado dela que começou o poder marítimo e colonial da Inglaterra, assim como a industria e o comércio; a literatura atinge seu apogeu, mas também prevaleceu o regime absolutista. Após pressões da corte, Elizabeth I prendeu e mais tarde mandou executar a sua prima Mary Stuart, Rainha da Escócia, devido ao receio que esta reclamasse o trono de Inglaterra (Elizabeth I não tinha filhos e Mary era neta de Henrique VII). No entanto, após a morte de Elizabeth I que não deixou filhos, foi o filho de Mary Stuart que tomou o trono de Inglaterra e os Stuart seguiram os Tudor. foram seguidos pelos Stuart. Jacob I (VI na Escócia) reinou de 1603 a 1625 e uniu definitivamente debaixo de um único trono, as coroas da Escócia e da Inglaterra, com seu absolutismo e resistência em reconhecer os direitos do Parlamento, preparou a guerra civil, que explodiu no reinado de seu filho, Charles I (1625-1649) e custou a este, a coroa e a vida.
A República parlamentar foi então estabelecida (1649-1653), cujo poder supremo foi confiado a Oliver Cromwell com o título de Senhor Protector (1659-1660). O novo absolutismo do parlamento não foi bem sucedido e os Stuart recuperaram o trono. O infeliz reinado de Charles II (1660-1685) e de Jacob II (1685-1689) tornaram-nos impopulares e trouxeram a Revolução que lançou na Europa os direitos políticos modernos e teve uma repercussão, cem anos depois, na Revolução Francesa.
O Parlamento ofereceu a coroa a Guilherme III de Orange (1689-1702) da Holanda, que reinou com sua esposa Mary II, filha de Jacob II, deposto e refugiado na França. Guilherme foi seguido por Ana (1703-1714), outra filha de Jacob. Durante o reinado dela, a união Inglaterra e Escócia restabeleceu-se. Ana morreu sem um sucessor, porque todos os seus filhos morreram antes dela, então a coroa foi passada para a casa de Hannover e cujos reis até foram: George I (1714-1727); George II (1727-1760); George III (1760-1820), cujo reinado corresponde à independência das colónias da América do Norte (os Estados Unidos), à criação do vasto império indiano, à Revolução Francesa e às alianças contra a República e o Império, a revolução da Irlanda e sua fusão política com a Grã-Bretanha sob o nome de Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda; George IV (1820-1830); William IV (1830-1837), cujo reinado causou uma importante reforma parlamentar, onde foi abolida a escravatura e foram reformadas as leis da pobreza; Victoria (1837-1901), em cujo reinado o império britânico se expandiu e houve um florescimento da ciência, artes, industria e comércio.
Edward VII (1901-1910) que para manter o imperialismo britânico, a supremacia política e comercial da Grã-Bretanha sobre os países do mundo, e a inveja da ameaça de superioridade da Alemanha, obteve com sucesso alianças poderosas, para conseguir enfrentar a Tríplice Aliança nos dias do grande choque, que já se aproximava e que ele conseguia prever; George V, que subiu ao trono em 1910 e reinou até 1936. Ele liderou a Inglaterra quando a grande guerra irrompeu na Europa em 1914 e defendeu o imperialismo britânico, acima mencionado, do imperialismo alemão. A Grã-Bretanha e seus aliados ganharam a guerra e então os irlandeses, pelo direito concedido de pequenas nações terem seu próprio governo, pediram sua independência. Quando viram sua petição negada, armaram-se e lutaram, até 1921, quando um acordo foi realizado em que a Irlanda se tornou um Estado Livre sob domínio inglês mas tinha um governo autónomo. Mais tarde, os já fracos laços que uniam o Estado Livre da Irlanda com o Reino Unido, foram quebrados com a separação definitiva em 1949, formando a Republica da Irlanda como um Estado independente, sendo apenas afectado pelo Reino Unido e Irlanda do Norte, constituída de seis condados da província de Ulster.
Quando Jorge V morreu no fim de janeiro de 1936, foi proclamado rei seu filho Edward, príncipe de Gales, que subiu ao trono com o nome de Edward VIII, mas que reinou por pouco tempo, pois em dezembro do mesmo ano, por razões de natureza sentimental (casar com uma mulher americana divorciada), abdicou à pessoa de seu irmão Albert, duque de York, que o seguiu com o nome de George VI. Em Setembro de 1939 a Alemanha atacou a Polónia e dois dias depois a Grã-Bretanha e a França, por virtude dos acordos que tinha com esse país, declararam guerra à Alemanha, começando assim a Segunda Guerra Mundial, que foi habilmente conduzida por Winston Churchill e durou até 1945.
Após a vitória, a Grã-Bretanha juntou-se a outras nações na organização de uma paz mundial, concordando com os pontos de vista dos Estados Unidos. Em 1951, o Partido Trabalhista, que estava no poder desde o final da guerra, e sob o qual o regime do império britânico foi profundamente danificado e sofreu uma enorme redução em seu prestigio na Inglaterra, teve que ceder a posição aos conservadores, ao governo da Grã-Bretanha. George VI morreu em 1952 e sua filha Elizabeth o sucedeu, com o nome de Elizabeth II. Durante seu reinado, a Grã-Bretanha perdeu o controle do Canal de Suez e viu desmantelar-se o seu império colonial, no entanto, prevalecendo a associação aos novos países através da Commonwealth.